Treinos

Participar de provas é muito, muito bom. Mas é, na verdade, o bônus, ou o prêmio pelos treinos feitos.
Não tem muita graça participar de uma prova e não conseguir terminar, ou ficar com dores horríveis, por exemplo, porque faltou treino.
É pelo treino que você vai descobrindo a distância que gosta de correr, a velocidade, o piso, a altimetria...É ótimo quando voce se sai bem numa prova, do jeito que queria, e percebe que é porque treinou. Isso é o normal. E os próximos treinos serão melhores, porque voce está motivado. 
No treino voce adquire velocidade, força, resistência, e se diverte. Sim, porque para mim a ideia é sempre essa, mesmo que não dê certo todas as vezes. E ainda que não se divirta, no final do treino vem a maravilhosa endorfina.
Bom mesmo é ter alguém competente (como eu tenho) para montar uma planilha de treinos, que leva em consideração as características pessoais, o tipo de corpo, os objetivos do corredor, as provas que tem em vista...
Se não tiver quem prepare a planilha, as revistas especializadas trazem boas, e como têm que servir a todas as pessoas, não costumam ser muito pesadas, todo mundo dá conta. E são direcionadas ao objetivo do corredor. Para iniciantes, a Revista Sports Life de abril tem uma boa planilha, e a Revista O2 do mês de maio é dedicada a incentivar a prática da corrida.
Quem corre tem que ter objetivos. Senão o treino fica morto, vai perdendo a graça.
Só sair correndo não faz ninguém evoluir, não oferece desafios (ou oferece demais, quando a pessoa não conhece seus limites), e mesmo para quem corre só para emagrecer, depois de um tempo, nem isso mais vai acontecer, porque o corpo se acostuma aos estímulos sempre iguais e não reage mais.
Em geral, para quem corre ou pretende correr três vezes na semana, o primeiro treino vai ser de uma distância próxima à que você tenha como objetivo para prova, com velocidade idem, geralmente progressiva; o segundo, de tiros, ou seja, treino de velocidade, com várias séris de curta distância (no máximo 1km, em geral), alternando com intervalos (pequenos) de descanso, e uma distância final menor, e o terceiro, o chamado treino longo, ou seja, uma distância maior, para adquirir resistência.
Tem gente que tem objetivos mais ousados, como participar de provas de longa distância,  corrida de aventura (Montain Do, por exemplo), uma prova super diferente, como o Desafrio de Urubici, que são 52 quilômetros, sendo 26 subindo o Morro da Igreja (ponto mais alto de Santa Catarina), e 26 descendo. Para esses, o treino será diferenciado, e três vezes na semana pode ser pouco.
Isso significa, portanto, que não só é preciso adaptar o treino aos seus objetivos, como o inverso também. No meu caso, enquanto meu filho ainda for pequeno, não me atrevo a alçar vôos muito altos, como o triathlon (mesmo o short, que é o que eu gostaria), ou até mais de uma meia maratona por ano, porque isso implicaria em um treino que ocuparia mais tempo do que é possível na minha agenda atual.
E quando voce tem uma planilha e não consegue cumprir nunca, acaba desanimando, então ela tem que ser possível ao que voce pode fazer, e adequada aos objetivos.
Ah, está ruim? Escolhe gente muito legal para fazer o treino longo junto, como eu tento fazer. Sábado terminei achando meus 13km muito fáceis perto dos 21km da Giovana, que começou há pouco tempo e já corre muito, e dos 30km das super guerreiras Amanda e Grazi, que estão treinando para a maratona do Rio.
É, às vezes quando chega minha planilha dá um arrepio só de olhar. Então eu faço o seguinte: penso que quem elaborou a planilha me conhece, e leio o treino do dia, não os treinos do mês, porque se eles estão lá, é porque, na hora certa, vou ser capaz de fazer.
E vambora correr.





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