Domingo perfeito

Que belo domingo para o mundo das corridas e para os corredores. 
Teve a maratona de Berlim, com recorde quebrado pelo queniano Wilson Kpsang, com 2h03min23seg. É muito incrível, porque a maioria de nós quer correr a meia maratona, ou seja, metade da distância, para duas horas! Nesses momentos  fica muito claro que eles são eles, e nós...bom, nós somos os felizes que correm em busca de mais felicidade, o que também é muito válido.
Os cinco primeiros colocados são africanos e todos têm sobrenome que começa com a letra K. Vai ver que é isso que falta para nós...O Marilson ficou com o maravilhoso 6º lugar, o primeiro não africano na prova, com 2h09min24seg, um super feito. Ah, muito legal: os corredores do pelotão de elite  compartilham as suas garrafas de hidratação.
Daqui de Blu, quem também se superou foi a Sissa Vieira, que completou em Berlim sua primeira maratona, e pelas fotos terminou muito bem.
Dentre as mulheres em Berlim,  merece destaque  a alemã Irina, que ficou em terceiro lugar. Ela tem 41 anos!!! Uhu, isso me enche de esperanças. Sem delírios, claro, mas isso mostra que você pode ser competitiva por muito mais tempo do que imagina.
Enquanto isso, em Floripa rolava a maratona de Santa Catarina, que teve como campeão o Adriano Bastos, aquele que ganha direto a maratona da Disney. Acho que a coincidência de datas, para ele, foi interessante, porque no ano passado um queniano venceu essa mesma prova e, ao que me lembre, ele ficou em segundo lugar. Brasileiro no pódio é sempre uma alegria.
E o Rodrigo Sukita, nosso super parceiro de corridas, estava lá, também fechando sua primeira maratona, para 3h17min, baita tempo, é nosso novo herói!
Também estreou na maratona a Bruna Lenzi, que já papou o primeiro lugar da categoria, super linda!! A Carol, já escolada, ficou em terceiro da categoria dela (ah, ter mais de trinta aumenta a concorrência também). Além deles, vi que muita gente conseguiu se superar na distância, reduzindo tempo ou retornando a feitos anteriores.
A primeira colocada dos 10k foi a Simone Ponte Ferraz, minha ídola de Jaraguá do Sul, que tem uma assessoria esportiva e é uma baita profissional, além de ser uma querida. Ela fez para 39'29", o que nunca, nunquinha, seria para o meu bico. Estabeleceu o recorde da distância nessa prova, inclusive, o que me deixou bem mais tranquila por não ter ido... 
E minha sister Simone, retornando às pistas definitivamente após a lesão, sem compromisso, só pela alegria, já fez os dez km para menos de 50', eeeeee!!!
Como se fosse pouco, em Blu teve a corrida pelo imposto eficiente, e pessoas queridas, como a Angela Moreira da Costa, que sempre lê os posts aqui, se aventurou a correr 9km, e conseguiu (eu já sabia)! Superando os limites, muito bom!!!
Devo estar deixando de mencionar muita gente que também foi bem  no final de semana, mas esses são os que lembro agora, sorry. Parabéns a todos que saíram do sofá e foram em busca de algo melhor para seu corpo e sua mente.
E a essas alturas deve ter gente perguntando o que eu fiz, não é?  Pois então, como diz meu pai.
Eu não participei de prova alguma. Isso. No mantra "siga a planilha", não havia nada que se encaixasse. Mas não foi só isso, dessa vez. Sou atleta, sim, tenho meus objetivos e levo tudo a sério, mas...tem a vida familiar e social no meio. E o Arthur tinha festa de aniversario de amigos no sábado e no domingo à tarde, não tenho o direito de tirar isso dele por corridas que não sejam meu foco absoluto do momento. Além do mais, as mães são super unidas, e festa deles vira festança nossa (Bambinetes em ação). Também tinha festa de aniversário adulto no sábado à noite para o casal, dos librianos que amamos Giovana, Walter e Marcio. 
Com essa programação intensa, eu tinha que arrumar tempo e horário para treinar. 
Deve ser interessante a pessoa dormir cedão, acordar cedíssimo e sair para fazer o treino certinho da planilha no final de semana, e às vezes às dez da manhã já está tudo resolvido, e é sempre assim, disciplina espartana e possibilidades, mesmo com dificuldades (cada um tem as suas, eu sei). Isso não me pertence, eu tenho que adaptar.
No sábado, eu ia pedalar com a Grazi e depois fazer transição. Não rolou, porque o Arthur, meu despertador há quase quatro anos, dormiu até nove e meia, e isso não tem preço, ainda pela raridade com que acontece (as poucas vezes que me lembro foram em segunda, terça...nunca no sábado).
Como não tinha feito o treino de tiros da sexta, fui correr na academia enquanto eles pegavam almoço e compravam presentes. Feito. Deu tempo até de fazer umas coisinhas na musculação.
E veio o domingo. Eu não bebi no sábado (estranho, muito estranho, mas numa boa), então acordei domingo em horário decente e fui buscar o Arthur na casa da profe July (onde ele dormiu) de bike. Sim, fiz um caminho um pouquinho maior, para render, e quando cheguei estava lá ele, todo feliz, me esperando sentadinho na frente da casa, animadíssimo porque íamos voltar de bike. Isso também não tem preço. Não fiz os 30km do treino, como deveria, fiz 20km, sendo 8km com o Arthur na cadeirinha, ou seja, mais devagar, mas beeeem mais feliz.
Levei ele até o parque, encontramos o Péricles, e eu voltei correndo para casa, para completar o treino (transição). Deu certo. Fui para o terceiro aniversário do finde com a consciência tranquila.
Se me perguntarem se foi um bom treino, vou dizer que foi o treino perfeito para o domingo! Primeiro, porque foi o treino possível, e às vezes treino bom é o treino que dá para fazer, e não o planejado. Mas muito mais do que isso, pelo menos dessa vez, não sacrifiquei meu tempo com a família para treinar, e ainda assim treinei. Isso não tem mastercard que pague. Boa semana!













Comentários

  1. Oi, Andrea.
    O importante é estar em movimento, independente como seja e a forma que seja. Parabéns por achar uma brecha na agenda. Nem sempre é fácil.
    beijos, boa semana e bons treinos.
    Helena
    Blog Correndo de bem com a vida
    @Correndodebem

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Ficar velha x envelhecer - nós e Madonna

Desculpa qualquer coisa

Histórias não relacionadas à corrida: Dias de Sol