E por falar em comida...

Hoje não quero falar de corrida, quero falar de comida. Tem tudo a ver com exercício físico, porque quem não come não consegue treinar e nem terminar uma prova dura. 
Nos últimos dez anos minha relação com a comida tem se modificado muito. Continuamos nos dando muito bem (eu adoro comer), mas fiquei mais exigente. Na casa em que fui criada, sempre fizemos as refeições em casa, tendo empregada (outros tempos). Minha mãe cozinha maravilhosamente bem, mas ela odeia cozinhar. Mesmo. 
Já eu aprendi a gostar. Lembro da minha avó paterna, de todas as delicias que ela fazia e como eu ficava admirada. Ela fazia massa de pizza, e a gente comia a pizza gelada, maravilhosa (e não era depois de balada). Cozinhar é terapêutico para mim. 
Atualmente, meu maior luxo é poder fazer minha comida. Minha e da minha familia. Nem tudo o que eu faço é para todos de casa, porque eu como várias coisas consideradas esquisitas. E não sou cozinheira não, gosto do que é fácil, mesmo que dê um trabalhinho (atenção: trabalhoso é diferente de difícil). Não faço receita que prevê etapas. Não gosto de banho maria. Adoro forno. Não destrincho frango inteiro. Cada um com seu jeitinho. E há muuuito para aprender.
Uma coisa muito importante: tenho um cardápio mais light, voltado especificamente para minha dieta, com redução de calorias nas receitas, e o cardápio voltado para a qualidade do alimento, ou seja, não é propriamente light, mas é o mais saudável possível dentro das opções apresentadas. Complexo? não não.
Vejam o pão de queijo funcional, omeletes de claras, suflês sem carbo, muita quinoa, chia, farelo, linhaça, tudo isso bem dieta de marombeira estressadinha, seguindo a mestra Nádia. E ela me ensinou que o que mais interessa é ficar bem nutrida e pronta para o exercício, com tudo o que meu corpo precisa e que o sustenta adequadamente, não contando calorias loucamente. Ai entram a tapioca, panqueca de café da manhã...
Tenho criança em casa, e ele adora frutas, açaí, sucos,  tapioca, acha que omelete é o café da manhã perfeito...mas é criança, então também gosta de guloseima. Para isso e para meus deslizes tenho as receitas de "gordices", que são mais nutritivas e naturais. Na verdade, gosto de fazer porque aí sei exatamente o que leva. Pronto.
Depois que comecei a fazer hamburguer em casa, por exemplo, não consigo mais comer o industrializado. É um nada com gosto de sódio e tempero pronto. Para dizer a verdade, nem sei se acredito que tenha carne. O meu é com a carne de patinho moída duas vezes, cottage, cebola roxa, meus temperos...tenho até o molde. E asso no forno,  fica uma delicia, todo mundo adora, ate meu pai, meio fã de fast food. 
Meus bolos, muffins, são sempre com açúcar demerara, farinha de amêndoa, farelo de aveia, e atualmente, trocando a farinha de trigo por outras opções. Fica tudo mais leve, mais cheiroso no forno, mais gostoso de verdade. Quando vejo os bolinhos ana maria no supermercado, nem dá vontade de comprar. 
Meu amigo Rapha foi para São Francisco e disse que lá  o negócio é conhecer o fornecedor: nos produtos vem a informação de qual fazendeiro - local, sempre - mandou o trigo, o sal, os grãos...sensacional.
Isso não temos ainda, nem na feira dá para ter certeza. 
Semana passada, com a chuvinha, acabei me animando e fiz cookies, usando as castanhas, nozes e avelãs que sobraram do Natal, e já fiz muffins de banana e de mirtilo. Gente, os de mirtilo ficaram maravilhosos!!! Vou postar a receita, porque é delicioso demais! 
Algumas coisas eu comecei a fazer em casa e desanimei. Molho pesto, por exemplo. Compra montes de manjericão, nozes ou castanha, azeite, alho, queijo parmesão bom. E bate no processador. Bastante. Faz uma lambança danada, porque limpar aquele processador depois é dureza. Fica ótimo. Igual ao da Hemmer...que não leva conservante, é uma empresa daqui...então decidi que vale mais a pena comprar. 
Já molho de tomate, mesmo feito com os tomates em lata, é beeeem melhor o de casa do que comprado pronto. E com menos sódio.
Uma das metas para 2014 é fazer um curso com a Lidiane Barbosa para aprender a usar a biomassa de banana verde no lugar de outros ingredientes. E fazer meu próprio pão. Ganhei a máquina dos meus irmãos (leia-se irmão e cunhada), e tenho ficado revoltada com esses pães prontos, todos metidos a integrais e cheios de farinha branca, inchando a pessoa, e, no caso de alguns,  não estragam nunca. E sempre desconfio de comida que não estraga. 
Nossa aventura da semana foi o taco, tortilha de milho. Adoramos comida mexicana, faço bastante a carne apimentada, com feijao, e tal (chilli, mas sem bacon...), às vezes fazemos com frango, mais elaborado com pimentões coloridos, etc, e tudo vira recheio de rap 10, a salvação da lavoura. Mas é tortilha de trigo mesmo, e embora gostosa, não é a mesma coisa. E o taco pronto é uma pequena fortuna. E então fui pesquisar, adaptar...ficou bom. Não ficou igual, mas ainda vou aprimorar, foi a primeira vez, afinal.
Nada como uma semana em casa, com Arthur em férias, para ficar mais off no exercício físico (tinha que trabalhar, então o tempo fora de casa, pagando babá ou abusando de amigas, era para isso), e me dedicar mais à cozinha.
Além da questão da origem dos alimentos, tem o preço. Não sou pão-dura, pelo contrário. Mas meu almoço, geralmente, é composto de muita salada verde, grão, sementes, e frango grelhado ou peixe assado, principalmente em restaurante. E aí acho uma pequena fortuna pagar mais de R$ 30,00 o quilo da alface, que é o que acaba acontecendo. O quilo da alface tem o mesmo preço do quilo do camarão no restaurante...e mesmo pesando pouco, sempre chega nos 300gr. De folhas com frango. Bom, com R$ 20,00 eu compro salada na feira e frango para grelhar para mais de uma semana! 
E dá tempo de cozinhar a própria comida? Nem sempre, infelizmente. E eu não tenho ajuda externa, sou eu mesma fazendo, de maneira que tenho que eleger as prioridades. O jantar é a nossa refeição em família, então invisto nele, inclusive porque aí tenho a participação especial do Péricles. O almoço é mais simples, sem elaborações, e o que faço é usar um domingo para estocar comida. Grelhar frango é rapido, faço tudo e deixo guardado, vou usando. Quando faço hamburguer é muito, para deixar moldado no congelador e depois só assar. E assim vou me virando. Tem fases que me dá um desespero, não consigo fazer nem gelatina, é só ovo cozido e atum em lata para mim, e sanduiches, sopa e macarrão para o povo de casa. 
Também chamo a Gisele, que trabalha na casa da Simone, e ela passa o sabado cozinhando as receitas da dieta da nutricionista e eu congelo. Não é a mesma coisa. Mas é uma opção bem boa.
Fundamental uma consulta com nutricionista, acompanhamento. Para todo mundo. Ela te abre o mundo para os alimentos diferentes, dá ideias de receitas...
Cozinhar já virou uma forma de lazer, gosto de mexer a massa de um bolo, e penso no que posso fazer de gostoso para nós, sempre procurando receitas, adaptando, Arthur adora ajudar, mais uma atividade para fazer em família. Pesquiso muito, livros de culinária, internet, vou adaptando à dieta da nutri. 
E na hora de escolher, se não tiver jeito, entre treinar e cozinhar para a família...o coração vai apertar, mas normalmente vou ficar com eles, porque mulher é assim, seja por amor, seja por culpa.
Ah, e normalmente cozinhando a gente come menos, porque parece que vai se alimentando do cheirinho que sai e na hora de comer mesmo, já nem está com tanta fome. 
Estou trabalhando esta semana, e entro em férias de verdade semana que vem. Tenho uns planos para comidas...sempre que tiver vontade, porque tem que ser prazeiroso. 
Já os treinos serão intensificados, não há mais tempo a perder. Estou com umas ideias malucas de provas para o ano, descobri aquathlon e duathlon no site da Fetrisc, achei tããão legal...mais a Corrida da Ponta do Papagaio em fevereiro, e muitas outras. Alias, arrumando o armário achei mais camisetas de provas de 2013, da Unimed e do aniversário de São José. Mais duas. Foram muitas realmente. 
Agora sim, me organizarei. Sem preguiça. Ou vencendo a maldita.
Bom final de semana!!










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